É uma casa de fundos no subúrbio da Piedade. O acesso se dá através de um longo e estreito corredor. Tão estreito que, em sua entrada, só há espaço para um pequeno portão preso a uma coluna de igual altura, onde, toda tarde, uma senhora de aproximadamente 90 anos fica a chamar, com sinais feitos com uma das mãos, os passageiros dos ônibus suburbanos que, àquela hora, retornam aos seus lares, depois de um longo dia de trabalho. A que nos chama? Talvez queira que entremos em sua vida.